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Tradições da prática Pelota Basca no nordeste de Portugal

FREIXO DE ESPADA-A-CINTA
EcuFreixo

Torneio de Pelota Basca na praça da igreja durante a Feira da amendoeira em flor decidido por a nova câmara municipal de Freixo de Espada à Cinta.

Pedro VICENTE / Nuno FERREIRA
Vereador / Presidente da câmara

João CARRASCO / Mauro LOUCAS
Resp. desportes / Assist. desportes

A parede da igreja serve de frontão e a praça de “cancha”, com toda a rugosidade ligada aos materiais utilizados (pedras).

Linha desenhada no lado esquerdo da cancha. 

Pelota portuguesa usada durante o torneio em comparação com a bola utilizada em competições oficiais de Pelota Basca.

Linha desenhada na porta da igreja. Isso representa um enorme “Xilo” com o qual os jogadores têm que lidar.

O jogo é jogado 3 contra 3 com regras muito específicas.
A parede da igreja serve de frontão.
Para este ano de 2022, 6 equipes foram inscritas.
Também estiveram presentes uma equipa em representação do Valência (Espanha) e uma equipa da Moita (Setúbal).

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A equipa da Moita tem feito encontros muito bons. Perderam apenas na final contra uma equipa mais experiente e familiar com o sitio.
O jovem Bruno foi eleito o melhor jogador do torneio. Uma camisa polo foi entregue a ele pelo representante da APPB.

O presidente da câmara municipal congratulou-se com o sucesso deste torneio de Pelota Basca que perpetua uma tradição que remonta ao século passado e que se extinguiu há vários anos.

Foram oferecidos prêmios para as 3 primeiras equipes.
Entrega de prémios para a equipa que terminou em 2º.
Entrega de prémios para a equipa que terminou em 1º.
Entrega de prémios para o participante mais experiente, Rafa GARCIA (Valência).

A cidade foi notadamente representada pelo presidente da câmara Nuno FERREIRA e o vereador Pedro VICENTE . A Federação Internacional de Pelota pelo seu presidente Alberto SOLDADO, que ofereceu um troféu à cidade e ao presidente da Associação Portuguesa de Pelota André PAGAIME. A Associação Portuguesa de Pelota Basca pelo seu tesoureiro José DUARTE.

No final do torneio, os representantes da cidade e da APPB evocaram avenidas para o futuro:
   – Participação em encontros nacionais ou internacionais (a cidade dispõe de um mini-autocarro que lhes permite transportar os jogadores),
   – Participação de jogadores de outras cidades portuguesas, espanholas ou francesas o torneio de Freixo,
   – Criação de frontball como os da Moita num pavilhão desportivo,
   – …

ESCALHAO

Em Escalhão, ninguém joga a pelota basca contra o muro da igreja. Além disso, isso foi proibido pelo município, como é o caso na maioria das aldeias da região onde se jogava a pelota basca. Os antigos da aldeia disseram-me que a pelota basca, vinda de Espanha, tinha passado para o lado português via Escalhão e Escarigo.
No museu, as bolas feitas pelo sapateiro local são orgulhosamente preservadas.

FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO

Na Figueira, foi construído um muro na década de 1980, por iniciativa do Sr. Cameira Serra, mas hoje está um pouco negligenciado.

ALMOFALA

Em Almofala, os mais velhos jogavam muito a pelota basca contra a parede da igreja (o desenho vermelho da linha na parede ainda é visível), mas agora não há muitos jovens.
Como em Escalhão e muitas outras aldeias, isso foi proibido pelo município.

ESCARIGO

Em Escarigo, ainda sob o impulso do Sr. Cameira Serra e atual representante da vila Antonio MARCELINO, foi construído o único verdadeiro frontão da Pelota Basca em Portugal. Todos os homens dentro e ao redor da aldeia jogavam lá. Mas hoje não há muitos jovens no cantão e eles se voltaram para outras atividades.

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E com nostalgia que os antigos evocam esse tempo quando jogavam no frontão, quase todos os dias. Foi com muito orgulho que eles entregaram as bolas com as quais estavam jogando. O “chefe” da aldeia, Antonio MARCELINO, também se orgulha de nos mostrar um destes troféus conquistados durante um destes torneios. Ele mesmo fez as bolas (montagem de 3 peças de couro) e ainda é capaz de fazê-las.
Havia também muitas trocas com as aldeias espanholas, como é o caso em toda a região.
Seria muito interessante reviver este frontão organizando um evento. Mas, será difícil porque a aldeia tem apenas cerca de quarenta habitantes e não os mais novos. Mas, como dizem, quem não tenta nada…

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